sexta-feira, 11 de maio de 2012

CARLOS ROA

Aqui vos falo de Carlos Roa, um guarda-redes pouco conhecido mas com grandes qualidades.
Carlos Angél Roa, nasceu em Santa Fé, na Argentina, a 15 de Agosto de 1969 e começou a sua carreira no Racing Avellaneda onde permaneceu durante 5 épocas, tendo depois mudado para o Lanús onde militou 3 anos. Após grandes exibições veio para a Europa representar o Mallorca, levando o clube a um inédito 3º lugar e sendo o guarda-redes menos batido do campeonato na época de 1998-1999.
Devido à sua religião, Roa cumpriu um ano sabático, tendo regressado no ano 2000. No ano 2002, ao perder o lugar para Leo Franco, transferiu-se para representar o Albacete, tendo anteriormente rejeitado uma proposta de 22 milhões de euros do Manchester United por razões religiosas.
"Lechuga", como era conhecido acabou a sua carreira no Olimpo, da Argentina, no ano de 2006.
Carlos Roa representou a selecção argentina por 16 vezes. Aqui fica um pequeno vídeo com os seus melhores momentos:

ROBERTO BAGGIO

Roberto Baggio é um conceituado ex-futebolista italiano, agora com 45 anos.
Baggio destacava-se pela sua magnífica técnica, a finta rápida e os livres directos também eram um dos seus fortes. 
Baggio, o Rabo de Cavalo Divino, começou a dar nas vistas ao serviço do Vicenza, tendo brilhado depois ao serviço da Fiorentina. Essas magníficas exibições ao longo de cinco anos na Fiorentina levaram-no a palcos mais altos para representar a Juventus por 19 milhões de dólares. Esse preço foi considerado exagerado por todos os adeptos da Juve, que o chamaram de "mercenário". Na Juve, Baggio fez 141 jogos e 78 golos, tendo ganho em 1993 a Bola de Ouro... Aí já os adeptos o adoravam.
No ano de 1995, após grande pressão de Silvio Berlusconi, Baggio transferiu-se para o AC Milan, porém teve poucas oportunidades na 2ª época com Arrigo Sacchi ao comando dos Rossoneri.
Acabou sendo um ano emprestado ao Bolonha, onde realizou uma excelente época e foi chamado à selecção para jogar o Mundial 1998. No ano seguinte regressou a Milão, desta feita para representar o rival Inter F.C. onde reencontrou o treinador Marcello Lippi, que também poucas oportunidades lhe deu, fazendo apenas duas razoáveis épocas, o que lhe custou um lugar no Euro 2000.
Perdeu o lugar na selecção e rumou ao Brescia onde era adorado por toda a aficção, levando o clube a um fantástico 7º lugar. Ficou no Brescia durante 4 temporadas (brilhantes). De frisar também que em 95 jogos pelo Brescia, marcou 79 golos.
Quando se retirou, o Brescia aposentou a camisola 10, nunca conseguindo recuperar da saída do seu mágico, descendo de divisão no ano seguinte.´
Pela selecção italiana, Roberto Baggio fez 56 jogos, marcando 27 golos.
Aqui deixo um arrebatador vídeo deste craque de rabo de cavalo:

quinta-feira, 10 de maio de 2012

CLAUDIO "PIOJO" LÓPEZ

"El Piojo" Claudio López é um retirado futebolista argentino, que jogava como segundo avançado e na linha, preferencialmente à esquerda. Nasceu em Río Tercero, a 17 de Julho de 1974.
Após quatro anos de sucesso no Racing Avellaneda, El Piojo assinou pelo Valencia, um grande europeu, clube onde militou por 4 épocas, participou em 123 jogos, facturando 42 vezes. Ganhou uma Taça do Rei e uma Supertaça Espanhola. No ano 2000 tranferiu-se para a Lázio, por uns exorbitantes 35 milhões de euros. Também esteve durante quatro anos, onde foi perseguido pelas lesões, o que o impossibilitou de corresponder às expectativas. Ainda assim facturou por 28 vezes em 105 partidas. Nessa passagem pela Lázio, arrecadou também uma Taça de Itália e uma Supertaça.
Ao sair da Lázio, tranferiu-se para o Club América, do México, onde esteve duas épocas, indo depois aventurar-se nos EUA, onde representou o Kansas City Wizards e o Colorado Rapids, onde terminou a sua carreira.
Ao serviço da selecção Argentina, onde actuou de 1995 a 2003, fez 61 jogos e marcou 12 golos.
López era um avançado rapidíssimo, com uma técnica acima da média e durante oito anos deliciou os maiores palcos europeus, o que podem comprovar neste vídeo que se segue:


ALAN SMITH

Alan Smith nasceu em Leeds, Inglaterra, no dia 28 de Outubro de 1980. É um futebolista inglês que representa o Newcastle United.
 Smith começou como avançado, mas por ser muito versátil, o seu treinador David O'Leary (no Leeds United) adaptou-o a uma posição mais recuada, para box-to-box, o chamado Nº8. Foi nessa posição que Alan Smith foi utilizado mais tarde, quando se transferiu para o colosso Manchester United, clube onde nunca mostrou o seu real valor devido às graves lesões que o perseguiam.
A raça de Alan Smith é o valor que maior se lhe reconhece, pois a determinação que mete em campo, influencia toda a equipa, sendo também conhecido por dividir duramente as jogadas.
Depois de não ter vingado no Machester, Smith foi transferido para o Newcastle em 2007, clube onde ainda milita, todavia, ainda com o azar das lesões.
Representou a selecção inglesa por 19 vezes, marcando um golo.
Aqui vos deixo um vídeo deste "guerreiro":


MATTHEW LE TISSIER
Matthew Paul Le Tissier é um ex-futebolista, nascido a 14 de Outubro de 1968, em Saint Peter Port, Inglaterra.
Le Tissier actuou durante toda a sua carreira no Southampton, sendo até hoje o segundo melhor marcador da história do clube, apenas atrás do lendário Mick Channon.
Para quem se lembra da habilidade técnica de Le Tissier, dificilmente se esquecerá, pois era genial. O Southampton enchia o estádio, e muitos desses adeptos iam para ver este fenómeno, que actuava como Nº10.
Matt Le Tissier também ficou conhecido pelo incrível número de grandes penalidades, considerado por muitos o jogador mais beneficiado pela pena máxima. Converteu 48 pénaltis, tendo desperdiçado apenas um, frente ao Nottingham Forest, tendo o guarda-redes Mark Crossley defendido o disparo. Essas grandes penalidades também o ajudaram a ser o primeiro médio a alcançar 100 golos na Premier League.
Foi internacional inglês apenas por 8 vezes, não tendo apontado qualquer golo.
Para quem quiser recordar, ou para aqueles que nunca tiveram oportunidade de observar, aqui vos deixo um vídeo deste grande jogador:

MARCELINHO PARAÍBA

Marcelo dos Santos, conhecido no mundo do futebol como Marcelinho Paraíba nasceu a 17 de Maio de 1975, no estado brasileiro de Campina Grande.

Marcelinho, famoso pelo seu visual extravagante era dotado de uma técnica fenomenal, que fazia as delícias de quem via os seus jogos. Sempre com botas coloridas, assim como o seu cabelo (ver imagem), era fácil de o encontrar em campo. Canhoto, baixo (1,74m) e franzino (70kgs) fez grande sucesso na Alemanha, onde representou o Hertha de Berlim durante cinco anos (2001-2006), clube onde actuou em 155 partidas, facturando 65 golos, números bastante aceitáveis para um médio organizador de jogo, e também o Wolfsburgo onde esteve apenas um ano, fazendo um incrível número de 55 partidas, fazendo o gosto ao pé por 12 ocasiões. O Hertha foi sem dúvida o clube onde mais se destacou na Europa, sendo essa a sua segunda aventura depois de uma tentativa mal sucedida no Olympique de Marselha. Actualmente, com quase 37 anos, actua no Sport, um clube do Recife. Devido às grandes exibições no Hertha, Marcelinho acabou por ser chamado à selecção canarinha, tenho alinhado em 5 partidas, fazendo um golo. É de frisar que Marcelinho Paraíba, acabou considerado o melhor jogador da Bundesliga no ano de 2005.

Nem todos se lembrarão certamente deste número 10, que provavelmente teria tido outro sucesso se tivesse a oportunidade de jogar num dos tubarões da Europa, porém, todos aqueles que se lembram, sentirão saudades da técnica deste jogador que tantas delícias nos deu quando o víamos em campo.

Aqui fica um vídeo de homenagem a este "pequeno" grande jogador:

terça-feira, 8 de maio de 2012

JUAN ROMÁN RIQUELME


 Hoje falo-vos aqui de Juan Román Riquelme, nº 10 do Boca Juniors. Riquelme nasceu em Buenos Aires, a 24 de Junho de 1978.  Deu início à sua carreira como amador no Argentinos Juniors, antes de dar o salto para o mítico Boca Juniors, onde venceu a Taça Libertadores por dois anos consecutivos (2000 e 2001) e se tornou um dos maiores ídolos da história do clube. Com as exibições de encher o olho tanto pelo clube, como pela selecção, não foi espanto para ninguém que tenha sido cobiçado pelos "tubarões" europeus, sendo que no ano de 2002 acertou a sua transferência para o poderoso Barcelona. Após uma época de altos e baixos, o balanço foi negativo, o que fez com que o Barcelona emprestasse Riquelme ao Villarreal. Aí Román brilhou, exibiu-se ao mais alto nível, com outros jogadores sul-americanos, casos de Juan Pablo Sorín, Marcos Senna e Diego Forlán, que ajudaram a levar o "submarino amarelo" a um inédito 3º lugar em 2004/2005, o que fez com que o Villarreal se apurasse para a Liga dos Campeões, feito inédito na história do clube.
 Na Champions, mais uma vez Riquelme foi o grande destaque da equipa, que surpreendentemente alcançou a meia-final, eliminando clubes como Manchester United e Inter de Milão. No entanto, na meia-final, o Villarreal seria eliminado pelo Arsenal após falhar um penálti por... Riquelme. A partir daí, a carreira de Román começou em decadência no Villarreal. No final desse ano disputou o Campeonato do Mundo de 2006, na Alemanha, onde a Argentina foi eliminada pelos anfitriões.
Após o Campeonato do Mundo, a vida de Riquelme no Villarreal estava difícil. Mesmo depois de ter levado a equipa à Liga dos Campeões, Riquelme teve uma série de desentendimentos com o técnico Manuel Pellegrini, que o fizeram ser afastado da equipa, regressando em Fevereiro de 2007 ao Boca Juniors, num empréstimo por 6 meses, recebendo um dos maiores salários da América do Sul. Nesse pequeno período de empréstimo ao Boca, Riquelme destacou-se na Taça Libertadores, tendo realizado exibições magníficas, principalmente nas finais frente ao Grémio de Porto Alegre, o que rendeu a Taça ao clube (a sexta da sua história) e foi eleito o craque do torneio.
Após o término de seu contrato de empréstimo com o Boca Juniors, retornou ao Villarreal. Porém, o clima no clube continuava totalmente desgastado. Riquelme ficou novamente afastado durante todo o segundo semestre de 2007 e afirmou inclusive aceitar ganhar menos para voltar ao clube de seu coração, o Boca Juniors. Depois de muitas negociações, em janeiro de 2008 o Villarreal negociou definitivamente os direitos do jogador com o Boca, onde Riquelme permanece até hoje.
 Após a saída de Maradona, Riquelme abriu as portas para o seu regresso à selecção nacional, tendo afirmado publicamente estar à disposição do então novo técnico, Sérgio Batista. Desde então, Sérgio Batista cogitou a possibilidade de convocar Riquelme por várias vezes, mas acabou sendo demitido após a Copa América de 2011, sem nunca o ter chamado. Actualmente o técnico da selecção argentina é Alejandro Sabella, ex-treinador do Estudiantes. Desde que assumiu o comando da equipe, Sabella ainda não se manifestou sobre a possibilidade de voltar ou não a convocar Riquelme para a selecção argentina, criando uma expectativa grande na população do país, principalmemte após os maus resultados recentes nas campanhas feitas pela selecção.

Aqui vos deixo um vídeo para vos deliciar com a mestria deste grande médio.









sexta-feira, 27 de abril de 2012

Hoje venho falar-vos de um ex-jogador que para muitos foi considerado craque, e para outros foi considerado um flop. Falo-vos de Abdelsatar Sabry, o egípcio que passou por Portugal, onde representou o Benfica, Marítimo e Estrela da Amadora.

Abdelsatar Sabry Abdelmagid Mahmoud nasceu a 19 de Junho de 1974, no Cairo. Ao longo da sua carreira representou os seguintes clubes:
  • 1994-1997 - Al-Mokawloon
  • 1997-1999 - Tirol Innsbruck
  • 1999 - Paok Salonica
  • 1999-2001 - Benfica
  • 2002-2003 - Marítimo
  • 2003-2004 - Estrela da Amadora
  • 2004 - ENPII
  • 2005-2010 - El Geish
Sabry abandonou os relvados aos 36 anos, quando representava o El Geish, um clube da Primeira Divisão Egípcia.

Sabry era craque e não tenham dúvidas de tal "alcunha". Podem ficar surpresos por chamar craque a um jogador que tantas vezes deixou José Mourinho de cabelos em pé. Este egípcio representou na última década, um enorme contraste entre o futebol de rua, no bom e nas as suas vicissitudes - belo, brilhante, imprevisível, entusiasta, desequilibrador/pouco culto, sem dimensão, curto - e a exigência táctica e cultura de espaços e futebol que prima nos dias de hoje.

Quando a bola lhe era endereçada, Sabry sorria, ganhava ânimo e transformava o futebol num espectáculo com os seus truques e fintas, dignas de um mágico, qual David Copperfield... 
Para alguns existe ainda na memória, uma eliminatória da Taça Uefa que pôs frente a frente o Paok Salonica e o Benfica. No Paok pontificavam Christian Uribe (mal-amado, passou por Benfica e mais tarde pelo Moreirense, sempre sem sucesso), Adolfo Valencia e um tal de... Sabry! Com as suas botas amarelas, vistosas, deu "água pela barba" à defesa encarnada, cuja direcção ficou pasmada com o talento de um africano que fazia mexer - e de que forma - o ataque dos gregos. O Paok saiu derrotado desse jogo, com o resultado de 1-2, porém na semana seguinte, ganhou da mesma forma (1-2) no antigo estádio da Luz, o que levou o jogo a prolongamento e, posteriormente a pénaltis, onde apenas o malogrado Robert Enke salvou o Benfica defendendo 3 tiros. Nesse jogo, mais do mesmo... Sabry marcou e encantou a Luz.
Ficou apenas um ano no Paok, com o Benfica a lembrar-se das grandes exibições contra os "encarnados", o que fez com que tomasse o rumo da Luz no ano seguinte. A sua passagem pelo Benfica foi de altos e baixos. Participou em 13 partidas na época 99/00, onde facturou por 6 vezes, mas no ano seguinte tudo mudou. Sabry fez 21 jogos e um mísero número de 4 golos. Já com José Mourinho à frente do Benfica, Sabry acabaria por ditar a sua saída, perdendo-se assim um talento que, com trabalho e vontade, teria certamente ido mais longe do que realmente foi. O episódio de demorar 7 minutos a atar as chuteiras para entrar em campo foi a gota de água, ele que já se tinha vindo queixar à comunicação social da falta de minutos. Isso devia-se ao pouco empenho nos treinos e à péssima orientação táctica do egípcio.
 
Aqui fica o  golo em Alvalade, de livre directo, ao cair do pano, que adiou a festa do título leonina por uma semana.